História da ACES
Ano 1875 ao Ano 1930
Fundação e Primeiros Passos
A Associação Comercial de Santarém foi criada por Alexandre Marques de Sampaio, num período em que o comércio era o motor da economia local. A associação tinha como principal objetivo defender os interesses dos comerciantes, estabelecendo-se como um ponto de apoio e articulação em questões como regulamentação, impostos e acesso a mercados.
Atuação inicial:Representação formal dos comerciantes perante as autoridades locais. Criação de um ambiente colaborativo para troca de experiências e boas práticas. Apoio na resolução de conflitos e estabelecimento de padrões de qualidade.
Esse período marcou o fortalecimento do comércio de proximidade, com a ACES assumindo um papel fundamental na organização e desenvolvimento do setor em Santarém.
Ano 1930 ao Ano 1950
Educação e Formação Técnica
A partir da década de 1930, a ACES expandiu sua atuação para incluir a formação técnica e profissional, respondendo à necessidade de qualificar mão-de-obra para o comércio e serviços.
Ateneu Comercial de Santarém: Fundado com o apoio da ACES, o Ateneu oferecia cursos práticos voltados para contabilidade, gestão e técnicas de vendas, fundamentais para os comerciantes da época.
Escola Industrial e Comercial de Santarém: A associação também desempenhou um papel crucial na fundação desta escola, que se tornou uma referência em formação técnica para a região. O objetivo era preparar jovens para o mercado de trabalho, fortalecendo o setor comercial e industrial local.
Este período demonstrou a visão estratégica da ACES em investir na educação como pilar para o desenvolvimento económico sustentável.
Ano 1933 ao Ano 1974
Era do Estado Novo: Grémio do Comércio
Durante o regime do Estado Novo, a ACES foi transformada no Grémio do Comércio, adaptando-se às estruturas corporativas impostas pelo governo. Apesar das limitações, a associação continuou a atuar como um pilar de suporte para os comerciantes.
Funções desempenhadas:Regulamentação das atividades comerciais e organização de categorias profissionais. Apoio administrativo e jurídico para conformidade com as diretrizes do regime. Promoção de eventos e iniciativas para fortalecer o comércio local.
Embora o contexto fosse de controle estatal, o Grémio conseguiu preservar o espírito associativo e preparar o terreno para a reestruturação que viria após a Revolução de 1974.
Ano 1974 ao 1990
Pós-Revolução de 1974: Retorno à Independência e Expansão
Com a Revolução de 25 de Abril de 1974, a ACES retomou sua independência e o nome original. Foi um período de transição e expansão, com a incorporação de concelhos vizinhos como Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo e Chamusca.
Reestruturação: A associação reformulou suas atividades para atender a um conjunto mais diversificado de empresas, adaptando-se ao novo ambiente democrático e às demandas crescentes do mercado.
Novas áreas de atuação:Ampliação dos serviços para incluir consultoria e apoio em regulamentações. Promoção de campanhas de incentivo ao consumo local. Estabelecimento de parcerias estratégicas com autarquias e entidades regionais.
Ano 1990 ao Ano 2010
Modernização e Programas Estratégicos
Nas décadas de 1990 e 2000, a ACES deu passos significativos rumo à modernização e diversificação de serviços. A associação tornou-se uma parceira ativa em programas nacionais e europeus voltados para a revitalização do comércio e a qualificação empresarial.
Participação no PROCOM: Este programa foi fundamental para a modernização do comércio local, fornecendo apoio financeiro e técnico para melhorias de infraestrutura e gestão.
Formação Profissional: Parcerias com o Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins possibilitaram a capacitação de empresários e colaboradores, preparando-os para desafios contemporâneos.
Consultoria: Expansão dos serviços de apoio jurídico, fiscal e administrativo, posicionando a ACES como um parceiro essencial para os negócios locais.
Ano 2010 ao presente
Desafios e Inovações no Século XXI
No século XXI, a Associação Comercial, Empresarial e Serviços (ACES) enfrentou novos desafios e oportunidades, marcados pela aceleração digital, crises globais como a pandemia de COVID-19 e a crescente demanda por práticas empresariais sustentáveis. Para responder a essas exigências, a ACES participou ativamente em programas de financiamento europeu e implementou projetos estratégicos que fortaleceram a resiliência e a inovação no tecido empresarial local.
1. Transformação Digital e Inovação
Bairros Comerciais Digitais (2023): Inserido no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), este programa visa a modernização do comércio local no centro histórico de Santarém.
Ações: Desenvolvimento de sistemas digitais de gestão para comerciantes. Capacitação em ferramentas digitais como e-commerce e redes sociais. Integração de práticas de economia circular nos negócios. Impacto: Fortalecimento da presença digital das PME, aumento da eficiência e atração de novos públicos.
Aceleradoras do Comércio Digital (PRR): Outro projeto do PRR focado em ajudar empresas a adotarem tecnologias digitais e modelos de negócio híbridos. Componentes do programa:Diagnósticos de maturidade digital para avaliar as necessidades das empresas. Planos personalizados para a transição digital. Capacitação de empresários para operar em mercados digitais. Resultados esperados: Apoio a milhares de PME em Portugal, com impacto direto nas empresas associadas da ACES.
2. Sustentabilidade e Eficiência Energética
Projeto Verde: Educação Ambiental para o Tecido Empresarial (2023): Focado na eficiência energética e hídrica das PME, este projeto promove auditorias e capacitação em práticas sustentáveis. Iniciativas:Realização de auditorias energéticas para otimizar consumos. Criação de manuais de gestão sustentável para empresas. Ações de sensibilização para a transição ecológica. Impacto: Redução do impacto ambiental das PME e aumento da eficiência operacional.
3. Resposta à Pandemia de COVID-19
Programa Confort-E: Criado para fornecer assistência direta a empresas em dificuldades financeiras, ajudando-as a adaptar-se a novos comportamentos de consumo e normas sanitárias.Medidas: Apoio na renegociação de contratos, reestruturação de dívidas e implementação de canais de vendas online.
Campanhas de Apoio ao Comércio Local: Campanhas como “Natal, Compre Local” incentivaram consumidores a apoiarem negócios de proximidade, reforçando a importância da economia local.
4. Programas de Formação e Capacitação
Formação-Ação – Qualificação PME (Aviso N.º 01/SI/2018):Objetivo: Capacitar empresários e colaboradores em gestão, inovação e marketing digital. Resultados: Melhoria na eficiência dos processos internos e aumento da competitividade.
Formação-Ação – Dinamizar PME (Aviso N.º 11/SI/2019):Foco: Preparar empresas para a transição digital e modernização organizacional. Impacto: Empresas adotaram ferramentas tecnológicas e práticas inovadoras de gestão.
5. Sustentação e Crescimento Associativo
Consultoria personalizada.
Parcerias estratégicas para redução de custos e ampliação de oportunidades.
Eventos de networking para fortalecer as conexões entre empresários.