«Este programa é um verdadeiro trampolim para a transformação da economia portuguesa. Hoje foram assinados 18 novos contratos que, somados aos 13 já em marcha, envolvem 756 empresas e 86 entidades do sistema científico», disse o Primeiro Ministro António Costa, que presidiu à assinatura do novo lote de contratos, acompanhado pelo Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e pelo Secretário de Estado da Economia, João Neves.
O Primeiro- Ministro relembrou que este ano, após a pandemia, «somos um País que está a recuperar de forma sustentada e que segundo a Comissão Europeia somos mesmo o País que irá ter o maior crescimento económico em 2022».
António Costa salientou que mais do que olhar para 2022, «temos de olhar para o futuro e imaginar essa viagem, vendo o quê que em 2025 e 2026 vamos ter de novo na economia portuguesa. Novos produtos, novos serviços, novos métodos de produção em áreas onde não existíamos e noutras onde sempre existimos e onde vamos poder fazer mais e fazer diferente».
«Se queremos alcançar as três metas a que nos propusemos, de retomar de forma sustentada a convergência com a União Europeia, continuarmos a crescer acima da média e aproximarmo-nos dos países mais desenvolvidos da União Europeia, temos de crescer mais do que aquilo que crescemos até agora», afirmou.
As Agendas Mobilizadoras
«O que estas agendas permitem é que em cada uma destas novas atividades acrescentemos valor onde não tínhamos valor, e nas atividades que já desenvolvíamos, acrescentemos valor ao valor que já produzimos. E é isso que nos permite aproximarmo-nos dos países mais desenvolvidos», disse o Primeiro-Ministro, acrescentando que «se queremos ter convergência com a União Europeia, no peso dos salários e na riqueza nacional e termos mais e melhor emprego, temos de ter empresas com produtos e serviços de maior valor acrescentado, porque só assim é que o emprego é sustentável e o aumento dos salários é também possível».
António Costa prosseguiu, referindo que «se queremos que isto tudo aconteça numa trajetória onde o Estado vá saneando as suas finanças públicas e onde cheguemos ao final da legislatura com o peso da dívida do produto abaixo dos 100%, temos mesmo de fazer crescer a nossa economia com base naquilo que é fundamental: o investimento no tecido empresarial, o investimento privado para o qual o Estado pode e deve ajudar a alavancar, mas em que o core desse desenvolvimento tem de ser feito pelo setor privado».
No seu discurso, o Primeiro Ministro explicou que o fulcro das agendas mobilizadoras «é precisamente termos criado condições para que fosse essencial a criação de consórcios que, em primeiro lugar, dão escala e ajudam a resolver um dos problemas que temos no nosso tecido empresarial. Aqui temos centenas de empresas, grandes, pequenas e médias empresas que se associaram».
Em segundo lugar, António Costa realçou a importância de pôr definitivamente a trabalhar em conjunto o tecido empresarial com as instituições dos sistema científico e tecnológico. «Neste aspeto, o programa tem sido um sucesso. A dotação inicial eram 930 milhões de euros, a dotação final são 3 mil milhões de euros. Tivemos que mais do que triplicar a dotação para dar resposta à enorme mobilização que o tecido empresarial e o sistema científico tiveram para nos apresentarem um conjunto de projetos que significam um investimento de mais de 7 mil milhões de euros na economia portuguesa, entre 2022 e 2026».
«E mais importante do que este investimento, é o efeito reprodutivo que este investimento vai ter, porque vai ser feito para que as novas fábricas, equipamentos, produtos e serviços existam, mas depois de existirem é que efetivamente a economia vai crescer mais porque significa que vamos ter bens e serviços de maior valor acrescentado», concluiu o Primeiro-Ministro.
A primeira fase
Os primeiros 13 contratos foram assinados no passado dia 23 de julho, altura em que foram atribuídos 612 milhões de euros a fundo perdido, dos quais 62% para empresas e 38% para o sistema de investigação e inovação.
Dos 64 consórcios que passaram a primeira fase, o júri internacional selecionou 51, abrangendo um total de 1 226 entidades, incluindo 933 empresas, 60% das quais Pequenas e Médias Empresas e 111 entidades do ensino superior e do sistema científico ou tecnológico.
«Até 2030, estas Agendas deverão contribuir de forma efetiva para o aumento das exportações de bens e serviços, bem como para o incremento significativo do investimento em I&D e para a redução das emissões de CO2», salientou António Costa.
Com as 18 novas agendas contratualizadas, ficam a faltar cerca de 20 projetos. Todos os investimentos previstos das agendas mobilizadoras têm de estar concluídos e com resultados concretizados até ao final de 2025.
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Fonte:
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc23/comunicacao/noticia?i=assinados-18-novos-contratos-das-agendas-mobilizadoras-para-a-inovacao-empresarial-
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